Quase todos nós conhecemos as dores e os desconfortos da coluna vertebral. O que poucos de nós sabemos são quais os aspectos emocionais se expressam ou se escondem nestes sintomas. Afinal, quais são as prováveis relações emocionais que acometem a coluna vertebral?
A coluna vertebral relaciona-se com a estrutura da personalidade. É por assim dizer o eixo central do ego, que é a parte da personalidade que faz contato com o mundo externo. Problemas de coluna indicam desequilíbrios ou dificuldades na formação da personalidade ou conflitos no relacionamento com as pessoas ou com o mundo que nos cerca.
Na altura da sétima cervical, em muitas pessoas ocorrem
materializações relacionadas a ressentimentos, situações emocionais do passado
mal resolvidas evidenciando saliências nesta área corpórea. Pessoas inflexíveis
e de padrão de comportamento rígido tendem a calcificações na região cervical.
A retificação da lordose anatômica cervical relaciona-se ao excesso de
exigência sobre si mesmo e perfeccionismo. A hiperlordose cervical relaciona-se
ao medo, sobretudo sustos na infância, tristeza e dificuldade de acreditar na
própria felicidade. Algumas exceções acontecem em pessoas que querem ocultar o
medo e “levantam o nariz”, como popularmente é referido para descrever a
postura de arrogância. A escoliose cervical muitas vezes relaciona-se a uma
tristeza do passado que “murcha” a pessoa, “caindo” a cabeça para um dos lados.
As patologias da região cervical estão mais relacionadas à inflexibilidade e à
tentativa de controlar tudo, ou de racionalizar tudo; no entanto, às vezes elas
são conseqüentes a conflitos que relacionam-se a outras áreas, sobretudo da
coluna dorsal.
A escoliose (curvatura lateral) da região dorsal em muitos
casos relaciona-se ao “encurvar-se” diante de fatos que “não sei como”, ou “não
posso mudar”, ou “sou forçado a aceitar”. É muito comum acontecer na
adolescência, porque o jovem não sabe como se portar. Não é mais criança, nem
adulto. Para algumas coisas, os pais e a sociedade o tratam como adulto; para
outras, como criança, e isso gera uma confusão muito difícil de esclarecer. As
pessoas “retas”, retificadas nesta região, sofrem muito com a necessidade de
ostentar o que não são.
Já os hipercifóticos em geral são tristes e assumiram que a
vida é triste mesmo, e nada se pode fazer para mudar. As patologias da região
dorsal, em geral, relacionam-se à tristeza, por a pessoa não viver as emoções
de forma equilibrada, especialmente nos casos de hipercifose. Os casos de
retificação relacionam-se mais ao perfeccionismo. Ocorrem em geral nas pessoas
que foram muito cobradas e que acabaram se cobrando muito, especialmente a
perfeição.
A retificação lombar também pode ocorrer pelos motivos
citados acima, e pelo perfeccionismo. Já a escoliose lombar pode relacionar-se
à rejeição intra-uterina, por patologia congênita óssea, o que às vezes também
acontece na sétima cervical. Algumas pessoas que sofreram rejeição,
especialmente de sexo, apresentam estas patologias congênitas nesta região. As
patologias da região lombar geralmente relacionam-se a medos, ou à situação de
muita cobrança, interna e externa, relacionadas a questões com conotações
emocionais.
Ivan Pinto é Terapeuta Holístico e Diretor do Centro Holístico IdheraFonte: Somos Todos Um
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